Quem sou eu

Itanhaém, São Paulo, Brazil
Cristina Bastos, formada em Pedagogia pela Universidade Metodista, com vasta experiência em Educação Infantil. Trabalhou 6 anos com comunidades carentes na região de Interlagos na favela do Rio Branco, na creche do Hospital São Luiz e aprofundou-se na área fazendo um curso voltado a crianças com necessidades especiais e desnutrição infantil. Trabalhou no CREM, uma fundação que cuida de crianças com desnutrição severa. Realizou vários trabalhos na área da saúde com famílias carentes de diversas comunidades. Pretende usar sua experiência em educação para ajudar as comunidades de Itanhaém.

Um terço das brasileiras na pós-menopausa tem osteoporose


Jaqueline Falcão - O Globo
SÃO PAULO - Um terço das mulheres brasileiras na pós-menopausa tem osteoporose, doença que fragiliza os ossos e os deixa suscetíveis a fraturas. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela International Osteoporosis Foundation (IOF) revela que, além da doença atingir boa parte das mulheres acima de 50 anos, o número de fraturas vertebrais pode chegar a 2,9 milhões. A maioria dessas fraturas está sem diagnóstico e sem tratamento. O relatório estima ainda que as fraturas por fragilidade decorrentes da osteoporose vão crescer nas próximas décadas entre 28% e 49% em vários países, devido ao envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida.
— Em apenas um terço dos casos de fratura a pessoa sente dor. Por isso, muitas vezes a mulher descobre muito tarde uma fratura. E pode nem chegar a saber que isso ocorreu por causa da osteoporose. Devemos lembrar também que, antes mesmo de chegar à osteoporose, a osteopenia, quando há perda de massa óssea, chega a 56% — revela o reumatologista Cristiano Zerbini, chefe da Divisão de Pesquisa Clínica do Serviço de Reumatologia do Hospital Heliópolis, de São Paulo. O primeiro relatório regional sobre a situação da doença foi realizado em 14 países da América Latina, incluindo o Brasil.
De acordo com Zerbini, no Brasil, Argentina, Colômbia, México e Porto Rico a prevalência de fraturas vertebrais em mulheres a partir dos 50 anos é de 14,2 %. Esse número sobe para 80% na população feminina com 80 anos ou mais.
As fraturas de quadril são outra consequência da osteoporose. Vários estudos internacionais mostram que cerca de 20% dos pacientes morrem um ano após a fratura, mas um levantamento que avaliou pacientes em vários hospitais do Rio de Janeiro revelou que 35% dos doentes morreram durante a internação ou logo após a alta hospitalar.
— Após uma fratura de quadril, 55% das pessoas não tomam banho sozinhas e 48% precisam de ajuda para se vestir. E 68% têm incontinência urinária ou fecal — alerta o reumatologista.
— O sofrimento pessoal e a incapacidade representam apenas um lado da moeda. As fraturas não são apenas caras para tratar, mas muitos idosos tornam-se dependentes de suas famílias ou passam o resto de sua vida em casas de saúde — disse o professor José Zanchetta, autor principal do relatório e chefe do Instituto de Pesquisa Metabólica de Buenos Aires.
Prevenção
— Tomar sol durante 15 minutos, três vezes por semana, consumir alimentos ricos em cálcio, como leite, iogurtes e queijos, além de exercícios físicos desde a infância ajudam a pessoa a atingir um pico de massa óssea forte — explica Bruno Muzzi, presidente da Associação Brasileira de Avaliação da Saúde Óssea e Osteometabolismo (Abrasso). Ele comenta ainda que é falsa a ideia de que a obesidade protege a pessoa de fraturas. — A magreza excessiva expõe o indivíduo a fraturas, mas a obesidade não é sinal de proteção — avisa Muzzi.
Às pessoas que não têm hábito de consumir alimentos ricos em cálcio ou sofrem de algum tipo de intolerância à lactose os médicos costumam recomendar os suplementos de cálcio para reforçar os ossos, e assim prevenir fraturas. Nesta quarta-feira, no entanto, foi divulgado que pessoas que tomam suplementos de cálcio podem estar aumentando o risco de sofrer um ataque cardíaco, de acordo com pesquisadores alemães. O estudo, publicado na revista “Heart”, disse que os suplementos “devem ser tomados com cuidado”.
Bruno Muzzi explica que o estudo considerou os dados de forma retrospectiva, ou seja, não foi realizado para avaliar o risco cardíaco em pacientes que tomaram cálcio. — Ao levantar hipóteses que associam a suplementação em excesso e o risco cardíaco, os médicos preferem que o consumo de cálcio seja feito com a alimentação, preferencialmente — afirma Muzzi. E os suplementos de cálcio devem ser usados de forma moderada, completa ele.
Tratamentos
O tratamento da doença é feito geralmente com os bifosfonatos. Nos Estados Unidos, o FDA, órgão que regulamenta alimentos e medicamentos publicou nota recomendando cautela para o uso desta classe tradicional de medicamentos. O uso prolongado poderia, em casos raros, enfraquecer os ossos. Além de comprimidos para tratar a doença, há também disponível uma forma de injeção intravenosa anual, à base de ácido zoledrônico. Neste caso, a dose é anual.
Como opção para os pacientes existe ainda o ranelato de estrôncio, que faz parte de uma classe terapêutica que atua em duas frentes: além de diminuir a reabsorção de osso, aumenta a formação de massa óssea.

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